sábado, 30 de junho de 2007

Vamos ao Cirque du Soleil!



Hoje quem está escrevendo sou eu, a Tati. De manhã, acordei com muito custo e fui a um seminário sobre adolescência. Depois, visitei na mesma rua o prédio onde o psicanalista, Jacques Lacan, tinha seu consultório.

Enquanto isso, Pedro foi a um grupo de conversação no qual tinha um alemão caga regra e um chinês chato. Além das duas portuguesas que ele já conhece. Apesar disso, ele gostou pois adorou o professor sósia do Paulo Francis, tanto fisicamente como no jeito.

À noite, fomos no festival de jazz em La Defense. Apesar de ser um festival de jazz, o show que vimos foi de soul e funk (não é o carioca, é o americano - tipo James Brown). Ficamos impressionados pois o clima do show é muito bom, tem casais com crianças, carrinhos de bebê, não tem empurra-empurra, nem corre-corre. Sem contar que a vista do grande Arco iluminado à noite, é muito bonita, assim como a vista do Arco do Triunfo iluminado, que pode-se ver de lá.

Em casa, compramos os ingressos tão cobiçados por mim do Cirque du Soleil, e melhor... encontramos uma promoção de somente 5 euros! Vocês acreditam? Enquanto no Brasil se paga por volta de 300 reais aqui é bem mais em conta! Um beijo para todos que estão nos acompanhando...
fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Loucos e burocratas



Ontem estreamos a Webcam. Falamos pelo Skype e vimos e aparecemos para meus pais. ueremos ver e aparecer para os nossos outros leitores!!! Isto é uma intimação.

Hoje - Dia cheio!!
Acordamos às 7 da manhã num dia frio e fomos cada um pros seus afazeres.

Eu fui à prefecture de police acertar o dia dio meu exame médico. É claro que a burrocrata me mandou pra outro lugar, onde esperei por horas mas saí com a data do exame marcado: Terça-feira que vem. Ainda fui fazer compras, depois do almoço tirei uma pestana e, com o é sexta, fui passear: Fui às Tulherias (segunda foto) onde estava anunciado que haveria uma festa. Cheguei lá, além da chuva, vi que a festa trata-se de um Parque de Diversões temporário, tipo Tivoli Park, caro. Óbvio que não fui. Aproveitei que estava ali para passear um pouco pelas Tulherias e Praça de la Concorde (primeira foto) e tirar fotos. O problema é que a bateria da máquina tava acabando - só consegui tirar 4 fotos. Depois o tempo deu uma melhorada e tirei outra soneca - desta vez numa cadeira no Jardim das Tulherias. Uma paz!!!

Acordei e vim embora - cheguei junto da Tati.

Falando nela, seu dia foi assim: Hoje foi de novo, como combinara sexta passada, ao Hôpital Ville Evrard. Passou o dia inteiro lá, assistiu às entrevistas psiquiátricas, discutiu diagnósticos e assistiu a uma reunião de apresentação de casos. Além disso fez amizade com as estagiárias, se aproximou do diretor e almõçou por lá mesmo - o hospital é longe, no subúrbio. Curiosidade: Lá servem Mate Leão só que quente, como um chá; a Tati matou saudades. Foi um dia muito proveitoso pra ela. Ainda não está fechado se vai fazer estágio lá.

Aconteceu uma história engraçada lá: De manhã o pessoal foi tomar café lá. A Tati viu uma caneca cheia de colherinhas de café. Ela achou que era pra ela mexer o seu café e colocar a colher de novo onde estava, como é comum em alguns lugares no Brasil. Ao fazer isso, se deu conta da mancada - era uma colher pra cada um. As pessoas olharam e uma francesa fez cara de nojo quando pegou a colher pra se servir e a separou. Como se os franceses primassem pela limpeza, né?
A Tati ainda foi no grupo de conversação daquela professora que eu não gostei. A Tati a achou muito pedagógica, no bom e no mal sentido. O grupo é grande, de 11 pessoas. Lá estavam o nosso colega japonês, as duas coreanas, a Tati e outra brasileira, uma iraniana de quem já falamos, uma tcheca, uma mexicana, dois árabes e uma finlandesa. Esta última é uma perua; já deu um certo atrito entre ela e a Tati.

fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dilúvio no porão



Aí está uma foto tirada pela nossa Webcam. Só pra mostrar mesmo que agora temos uma!!! A estação de metrô em que a Tati aparece acima é a daqui da Cité Universitaire. Reparem que ela é ao ar livre e acima dela está o Parc Montsouris.

Passamos a tarde de hoje na "Prefecture de Police", algo como chefatura de polícia, na Île de la Cité, em frente à Notre Dame resolvendo questões do visto de permanência da Tati. Foi tudo bem, ela tem agora um visto temporário até o exame médico, que é no dia 11 de julho. Eu volto lá amanhã para marcar o meu.

Lá dentro, fomos atendidos num setor para estrangeiros das Américas, Europa e Oriente Médio. Um negão francês acompanhava sua namorada loirinha e doidinha tipo a Meg Ryan que parecia vir do leste europeu. O visto foi negado a ela, que não tem (ao que pareceu) um tostão furado. O negão começou a berrar "Vocês não podem tratar uma pessoa como um cachorro!", ameaçou bater na burocrata e não se intimidava e a xingava de tudo. Foi a mesma burocrata quem nos atendeu, e logo em seguida ao caos - nós éramos os próximos! Dá pra imaginar o nosso cagaço, né? Mas foi tudo bem. Ela foi até simpática. Ela era, fisicamente, uma mistura de Janete do basquete com Condoleeza Rice.

Demoramos lá dentro e perdemos nosso grupo de conversação. Só deu tempo pra comermos na cafeteria da Cité, na qual nunca tínhamos ido: É boa e barata. A Tati foi cuidar do filho da psicóloga com quem tinha combinado (ver anteontem) e eu fiquei pra lavar e secar as roupas. Programão pros dois.

Com a Tati foi ótimo. A criança é educada e uma gracinha. Ela adorou até limpar bumbum!!!! Agora, comigo NÃO foi tudo bem.
Na hora de fechar a máquina de lavar, não me dei conta de que um cordão de uma blusa da Tati ficou pra fora. Resultado: Como a porta não ficou hermeticamente fechada, começou a vazar água. Tentei, nesta ordem, parar a máquina, empurrar a porta para impedir o vazamento e abrir - nada deu certo. Não preciso dizer que o cordão arrebentou da camisa e ela ficou inutilizada, né? Também não preciso dizer que o chão do lugar ficou alagado e o FDP do Lúcio Costa, grande arquiteto!, não pensou que o ralo deveria ficar na parte mais baixa?! Só o ralo estava seco, o resto do chão inundado, no final das contas.

Um vizinho mui amigo canadense que fala português disse que aquela água com as máquinas podia dar choque, que era muito perigoso. Balela! Tem blocos de concreto entre as máquinas e o chão, mas ele insinuou que ia me dedurar, daí avisei à recepção do ocorrido. O recepcionista me deu um rodo e "Te vira, malandro!".

Pra piorar ainda mais a minha epopéia, o ralo estava parcialmente entupido. Eu empurrava a água com o rodo na direção do ralo e ela passava direto pro outro lado da sala! Depois de 1001 tentativas, me enxi: Espalhei a água o máximo possível pela sala para que ela evapore mais rápido e seja o que Deus quiser!! E zarpei.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Imagem e som



Hoje, após um dia de estudos comum, fomos à Opera da Bastilha assistir a um concerto comprado com antecedência em maio por 10 euros. Era a orquestra da Opera de Paris regida pelo maestro alemão Hartmut Haenchen.

Descobrimos que a Opera da Bastilha, apesar de feia por fora, é linda por dentro, além de confortável e com uma acústica maravilhosa. Compramos ingressos para ficar lá no "puleiro", mas como tinham lugares vazios na frente, fomos pra lá. Pagamos barato e ficamos num lugar bom!

O concerto em si foi lindo: A sinfonia inacabada de Schubert, as Canções para as crianças mortas de Mahler e a sinfonia #40 de Mozart. Adoramos.

Na volta, pra pegar o metrô ali na Bastilha foi meio tenso. O lugar fica sinistro e cheio de bêbados à noite. Quando chegamos foi uma surpresa: Chegou um presente de meus pais - uma Webcam. Que legal! Obrigado! Agora, quem quiser conversar com a gente pelo Skype vai poder nos ver também. Bom, ainda não experimentamos, então não sabemos se ela está instalada direito...

Havia uma festa acontecendo na cozinha do nosso andar: É aniversário de nosso vizinho Sinclair. Neste aniversário conheci um xará Pedro, de Florianópolis, que é também psicanalista e que também faz parte de seu doutorado na Paris VII e que também está hospedado na Maison du Brésil. Gente boa a beça, ele é orientado pela Marie-Claude Lambotte, uma autora com quem tive contatos no Rio, embasa parte de minha dissertaçao e de minha tese. Eu não sabia que ela está na Paris VII. Ele e eu já combinamos de trocar figurinhas. Ele disse que jantou com ela e com o Julio Vertzman nesta semana - o Julio conheço do Rio, que organiza uma pesquisa junto da Teresa Pinheiro.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Tati treinando pra mamãe




As fotos acima nada tem a ver com o dia de hoje; são fotos encalhadas que encontraram uma chance de aparecer hoje que não tem foto nenhuma. A primeira é no Louvre, a segunda em La Defense.
Hoje estudei o dia todo enquanto a Tati foi ao Espace Langues.
Mais tarde, ela foi a um encontro com uma psicóloga brasileira que trabalha e mora aqui em Paris. É ela quem relata:

"Eu me surpreendi um pouco, pois o que seria um encontro de trabalho, com vistas a um estágio, foi além disso. A psicóloga contou muito da sua vida e acabou que vou tomar conta de seu filho na próxima quinta feira. Ele tem 4 anos! Vou dar banho, dar comida e brincar com ele.... Ai meu Deus, será que vai dar certo? Depois conto para vocês... Quanto ao trabalho, acho que poderei visitar alguns serviços na rede de saúde mental - álcool e drogas - através do seu intermédio. Aqui cada encontro é uma aventura, você nunca sabe o que vai acontecer". Aqui termina o relato da Tati.
Hoje teve uma barulheira que parecia de tiros lá fora de nossa casa, fiquei preocupado. Depois vimos que era só um cano de descargas com problemas. É, âinda não me livrei do pânico carioca pois só eu e Tati achamos que poderia ser tiro...
...falando em tiro, vale a pena contar uma curiosidade, aproveitando que o post de hoje tá pequeno: Meu irmão Felipe nos contou que, na Suíça, todo cidadão suíço do sexo masculino entre 18 e 50 anos é um militar. Eles servem o exército alguns meses por ano todo ano. TODOS têm posse de armas e têm armas em casa. Sendo assim, lojas de armas são comuns na Suíça. Por isso o país é tão pacífico, a população sabe que vai todo mundo pra guerra se uma começar. Agora, o problema disso é que, já aconteceu mais de uma vez de um louco sair atirando em todo mu ndo, à la serial killer americano.

Fora isso, nada de mais hoje, além da friaca de verão!

Fotos encalhadas no fotolog pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Não troque gato por lebre



Na segunda foto acima, nossa escrivaninha com flores do campo autênticas colhidas de um campo na Cité. Na primeira, está a praça Igor Stravinski, ao lado do Centro Pompidou, onde fomos ontem.
Hoje ventou muito, choveu e fez frio o dia todo. Nem parece verão.
Visitamos mais um apertamento. Não vale a pena.
Surpreendente é a corretora de imóveis descobrir que sou brasileiro pelo sotaque. Como será o sotaque de brasileiro?

Mais tarde participamos de um grupo de conversação que era na verdade nós dois e uma coreana, ah, e o professor, que é vietnamita. Figuraça! Ele fala o tempo todo, contando vantagem de sua vida, de seu trabalho na Cité, não deixa os outros falaremj muito, mas é um cara muito legal. Foi muito legal saber mais sobre a Coréia e o Vietnã: por exemplo: Na Coréia, os ideogramas são diferentes daqueles da China e do Japão (que são os mesmos); os coreanos têm só 28 símbolos e que se assemelham a um alfabeto mesmo. O Vietnã usa o alfabeto romano desde o século XVII quando lá chegou um jesuíta português e um jesuíta japonês! Eles escrevem igual à gente. Já no Camboja, escreve-se em sânscrito!!!!!

Mais curiosidades: Quem no ano chinês é gato, no ano coreano e no vietnamita é coelho porque eles não gostam de gato.

Às 21:00 hs, fui ao seminário do psicanalista Paul-Laurent Assoun. sobre o seminário de Lacan "Do Um ao outro". Foi interessante. Falando em Lacan, a Tati passou outro dia, sem querer em frente ao seu consultório. Voltaremos lá!

fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

domingo, 24 de junho de 2007

Coca nele!!



Desde ontem, depois de sabermos que é possível alugar um "Studio" em Paris por menos do que pagamos na Cité, decidimos pesquisar.
Hoje, após alguns telefonemas, visitamos 2 apartamentos. O primeiro é de uma portuguesa que nos propôs até baixar ainda mais o preço, mas o lugar é um ovo...e de codorna. Melhor, é um pulgueiro. Já o segundo lugar é uma delícia, aconchegante, mas a diferença de preço pra Cité é mínima. Amanhã vamos visitar outro.

Após as visitas, fomos com Guilherme e Patricia ao Chateau de Vincennes (segunda foto), nos limites da cidade. O castelo é o único castelo medieval da realeza que ainda existe na França! É muito bonito, especialmente sua Saint Chapelle (inspirada na outra do centro de Paris) e sua cidadela onde viveu Carlos V e, muito mais tarde, estiveram presos o Marquês de Sade e Diderot - os libertinos. Junto ao castelo medieval (com fosso e tudo) há o castelo clássico construído por Luis XIV, o rei sol, para seus fins de semana...

Adoramos, apesar da garoa que parava e voltava. Íamos ver um concerto de jazz no bosque ao lado do castelo, mas já tinha acabado. Erramos a hora. Daí, de lá fomos para o Marais, bairro que já fui mas que adoro voltar.

Voltamos à Place des Vosges (primeira foto), renascentista, mandada ser construída para os reis da França. Em seu centro há uma estátua de Luis XIII. Vitor Hugo viveu lá depois. Dali fomos a uma parte do Marais que eu tinha curiosidade de conhecer: o bairro judeu. é bem pitoresco e lá comemos um falafel delicioso e...

...e...um cara jogou o carro em cima da gente e de outras pessoas pra estacionar. Ele e um cara perto da gente bateram boca, depois ele saiu pra pegar alguma coisa deixando o carro nos expremendo na parede. O cara perto da gente, puto da vida, molhou o vidro do cara de Coca-cola e saiu correndo, nós, na inércia, saímos correndo também. A avoada da Tati não percebeu e tive de voltar pra chamá-la. O cara tava chegando!!!! Corremos feito Robson Caetano!! Foi muito engraçado.

Terminamos o domingo na praça Igor Stravinski, ao lado do Centro Pompidou e da igreja de Saint Merry. Lá tem umas esculturas esquisitas, mas juntas ficam interessantes.