Programa de necromante

Hoje Tati foi à ALI assistir ao seminário de Tissler que não houve. Chegou lá e não tinha um gato pingado. Esse treco é comum, pelo visto...

Depois, ela foi ao Quartier Latin pra comprar lembrancinhas pra volta - sim, já estamos pensando na volta.

Eu fui fazer um programa que ela não tem interesse. E de fato é um programa de índio...de índio, não, de....de...necromante. Fui o cemitério de Montparnassever os túmulos de gente famosa. A primeira foto é da estátua central de lá, é mesmo bonita. Encontrei por lá Sartre, Simone de Beauvoir (segunda foto), Samuel Beckett, o psicanalista Pierre Fédida, André Citroën (o inventor do carro homônimo), o fotógrafo surrealista Man Ray (última foto) entre outros. Mas foi um programa bem furado, é um cemitério igual a outro qualquer.

De noite, fcamos conversando na cozinha com o pessoal da Casa da Itália: Um alemão, uma grega, um japonês e um inglês. O vinho bateu e ficamos em casa mesmo, jogando baralho. Antes conversamos no Skype com Laira, que vem mesmo a Paris em dezembro, que legal!

fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

Modigliani, a conta!

De manhã, Tati foi ao Hôpital de Ville Évrard assistir a uma apresentação e discussão de casos clínicos. Fiquei passando roupas.

O telefone tocou e era Claudia, nossa amiga de Toulose, que está em Paris e vai embora ainda hoje. Combinamos de nos encontrar perto da estação de trens (gare) de Montparnasse (primeira foto), pois ela parte dali.

Nos encontramos e fomos tomar um café juntos no café La Rotonde, em frente ao La Coupole. No segundo já fomos com tia Beth e tio Peter - era um ponto de encontro da intelectualidade da primeira metade do século XX. Pois bem, La Rotonde também era e lá ia a mesma intelectualidade - e sua decoração é com quadros de Modigliani verdadeiros (segunda foto) que este usava como pagamento de suas contas no café. Há assinaturas de Picasso e outros artistas. Um barato. Na terceira foto, Tati e Claudia estão exatamente no La Rotonde, como é de se esperar.

Mais tarde, fizemos umas comprinhas de Natal e resolvemos passar essa sexta à noite em casa mesmo. Descansar e curtir nosso cafofo.

p.s.: Terminei de ler "Ensaio sobre a cegueira" de Saramago e me decepcionei, achei demagógico e pedante.

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História de uma impressora

Ontem foi tão bom: Falamos no Skype e no telefone com Theo, padrasto da Tati, Maurício, seu tio, Marcia, sua mãe, e Juju, sua avó. Foi ótimo e deu pra matar um pouquinho das saudades.

Hoje fomos perto da Biblioteca François Mitterand, a Biblioteca Nacional (segunda e terceira fotos), maravilhosa, na casa de uma doutoranda chamada Patricia; ela é brasileira, é amiga de uma ex-moradora da casa do Brasil que nos deu uma impressora.
Fomos lá pois esta mesma impressora uma vez foi dela e o fio que a conecta ao computador ainda continuava com ela e fomos lá buscá-lo. Acontece que fizemos amizade com ela, ficamos batendo papo por um tempão, ela é psicanalista também, e gente boa. É sempre bom conhecer gente.

À noite, Tati foi a um seminário na ALI e fui no hospital Saint Anne (primeira foto), onde Lacan lecionava - é pertinho daqui, dá pra ir a pé - assistir a um seminário do P.L. Assoun sobre Saber e Gozo. Gostei muito, ele é sempre muito bom.

Mais tarde fomos à Casa do Brasil para o aniversário de nosso amigo Ricardo. Super animado, como sempre. Cheguei meio bebo e tarde em casa, então não reparem no texto, não...
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Metadona ou heroína?.....Qual a diferença?

A primeira foto é de nós dois em Pisa, com a basílica. Encalhada, mas só agora é que estamos botando no fotolog as fotos de Pisa.

A segunda foto é da livraria barateira de sebos e novos Gibert Jeune, é uma rede. Esta da foto é de livros esotéricos - não é minha praia - mas tem de tudo: História, línguas, ciências, psicologia, literatura etc. Antes fazíamos propaganda do supermercado Franprix, agora é da Gibert Jeune.

Hoje Tati foi, junto dos Médicos do Mundo (uma ONG tipo Médicos sem Fronteiras), à Gare de l'Este (bonita, na foto) e à Porte de la Chapelle, duas partes de Paris mais pobres. Foi acompanhá-los num trabalho de distribuição de metadona em litros (surreal!) para os adictos - algo bem diferente da redução de danos no Brasil, menos farmacológica.

A equipe tem um computador com um programa de última geração feito aonde? Na Holanda, é claro, que arquiva todos os dados de cada usuário e a quantidade de metadona que ele toma. Pra quem não sabe, metadona é um substituto "médico" para a heroína.

É através da ordem que vem do computador que a quantidade x de metadona sai de uma máquina para ser dada ao paciente y. A ciência trabalhando pelo...pelo...pelo quê, afinal?

Tem muita gente viciada em metadona!!

Eu passei roupa, fiz as compras (pois a bolsa chegou hoje - depois de uma semana de atraso - e estudei em casa, como na rotina do primeiro semestre porque hoje não teve aulas - aquela história de não acontecer nada nas férias escolares bimestrais.

fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

Tati na universidade

Tati resolveu me acompanhar hoje e fomos juntos assistir à aula de Markos Zaphiropoulos.
Terminada a aula, passeamos pelas redondezas da rue Paradis...o lugar não é exatamente bonito, como vocês devem lembrar, eu o espinafrei em outras postagens...mas em Paris sempre há o que se aproveitar.
E por ali está a bela Gare de l'Este, a estação de trens para a Alemanha, que é muito bonita; há também o Chateau d'Eau, a sub-prefeitura daquele arrondissement, muito bonito (na segunda foto; na outra Tati está dentro dele). Uma igreja gótica, antigos portões da cidade, o Théatre de la Renaissance (primeira foto) e...

...a Rue Saint Denis - uma rua meio Amsterdam. As prostitutas (todas velhas, mas elegantes!) ficam na rua em plena luz do dia e os caras entram nos pulgueiros com elas, em meio a lojas de nível. Muito esquisito.

No fim de tarde assistimos ao seminário do P.-L. Assoun e à noite ela foi a ALI e eu ao Espace Analytique para outros seminários. Nós dois quebramos a cara - nenhum dos dois seminários aconteceu por um motivo bem francês: Como são férias escolares, os analistas, que são pais, desmarcaram seus compromissos para estar com os filhos. Aqui são férias escolares a cada bimestre!! Eles inventam mil motivos pra não trabalhar.
fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

Em boca fechada não entra mosquito

A primeira foto é encalhada: Mercado Saint Germain - ainda não tivemos oportunidade de oublicá-la...

O dia, hoje, foi dedicado à lavagem, secagem e passagem de parte da roupa....ainda falta um bom bocado!

Tati foi a Marmottan se despedir de uns e marcar uma visita a um serviço com outros. Será nesta quarta. É o serviço de redução de danos in loco - doações de seringas etc. para a população de rua. Vamos ver como será! A segunda foto mostra Claudie e João Batista, companheiros de trabalho da Tati.

À noite fomos a Casa do Brasil assistir a uma peça de teatro de Ariano Suassuna, "Torturas de um coração ou em boca fechada não entra mosquito", montada por um amigo de lá mesmo que é realmente diretor de teatro. É uma comédia muito engraçada. Ótima.

Depois fomos juntos de alguns amigos a um bar em frente a Cité chamado Fleurus. Apesar de o garçom ser um cavalo, lá tem chopp Leffe, uma delícia. A terceira foto é de lá, nela estão, da esquerda pra direita, Genylton, Daniela, Mauro, Tati, eu, Waleska, Sancler, Jovenilho e ainda estava a Selma, que não saiu na foto.

fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

D'Orsay de cabo a rabo

As fotos não estão sendo publicadas no blog como antes porque a conexão de internet está um cocô mal-cheiroso... agora são poucas...

Primeiro domingo do mês é museu na veia!!!!
Pra quem não sabe - acredito que poucos dos meus leitores - os museus são gratuitos nesse dia.

Escolhemos o Museu D'Orsay pois fomos nele numa correria desenfreada no começo de nossa viagem e não voltamos mais. Passamos o dia inteiro lá. Entramos ao meio-dia e saímos lá pelas cinco e meia.
Foi bom, pois passeamos com calma e deu pra ver tudo sem afobação.

O museu expõe obras de arte da segunda metade do século XIX e comecinho do XX. Tem impressionismo, realismo, simbolismo, romantismo, neo-classicismo e outros ismos, mas o impressionismo é mesmo o que há de melhor lá. Tem Monet, Manet, Degas, Renoir (terceira foto), Sisley dentre outros de montão.
Além disso, tem Cézanne, Van Gogh, Toulose-Lautrec de montão.
É muito legal ver ao vivo quadros famosíssimos que só conhecemos por livros, como, por exemplo, Olympia de Manet, o quarto de Van Gogh (ou o auto-retrato que se vê na primeira foto), as maçãs de Cézanne, a catedral de Rouen de Monet e assim por diante.

Mas, gosto da surpresa, e nessa visita ao museu, o que mais gostei de ver foi a parte de arquitetura de interiores, toda em estilo Art Nouveau (segunda foto). Tinha Van der Werden, Mucha, Guimard e Gaudí. Muito legal. Tati ficou embasbacada com a beleza das muitas esculturas de bailarinas feitas por Degas, mais famoso por suas pinturas.

Fim de tarde, o cansaço destes dias bateu. Fomos pra casa dormir. O telefone tocou e era minha mãe - não nos falamos desde que eles voltaram pro Brasil. Foi ótimo. Depois, o sono merecido.
fotos: pedroetatiempris.gigafoto.com.br