Ontem eu disse que publicaria hoje as fotos de Chartres...pois é, vão ter de esperar por amanhã de novo, pois no fotolog estão as fotos de Zurique.
Recapitulação da viagem à Suíça: Final - Zurique.
A última cidade que visitamos na Suíça foi a "cidade grande" de Zurique. É a maior cidade suíça. Fica na área alemã, mas como é "grande", é cosmopolita e lá se fala de tudo. Como Paris, tem gente de todo o mundo.
Zurique é o metro quadrado mais caro da Europa, mas não é nada opulenta. A cidade é agradável e tem uma atmosfera de liberdade, de gente com a cabeça mais aberta. É a terra do movimento Dada da arte moderna do início do século XX, na mesma época clinicavam lá o famoso Jung e o menos famosos, mas muito importante, Bleuler. A cidade abrigou durante a primeira guerra a nata da intelectualidade fugida do front e até hoje guarda os benefícios disso: A mentalidade das pessoas é mais arejada que no resto da Suíça...as vezes até demais - havia até pouco tempo atrás um parque onde o uso da heroína era liberado; o estrago foi tamanho que o governo voltou atrás. As drogas pesadas são um problema seríssimo na Suíça, tem muiiito doidão.
Passeamos pela cidade beirando o rio até chegar no lago. Andamos rápido, mas vimos a bela arquitetura da cidade, as ladeiras de pedestres com cafés e prédios coloridos (como no Pelourinho), vimos vários lugares aconchegantes, uma bela catedral mas feia por dentro e uma igreja boba por fora, mas linda por dentro (com vitrais de Chagall!); fomos a um parque e ainda tivemos tempo de discutir com um vendedor de Coca-cola. que queria nos empurrar uma lata morna...tudo isso antes de irmos ao museu de arte de Zurique, arf, arf. Tínhamos apenas umas 4 horas e meia. Assim, fizemos turismo à la japonês.
Mas o museu de arte de Zurique foi a grande atração. Fomos lá ver a grande coleção de Giacometti (um excelente escultor suíço; a fescultura na foto da Tati é dele) e o maior acervo de Munch fora do Noruega (pena que "O Grito" está lá na Escandinávia). No entanto, após realmente vermos estas obras e adorarmos, ficamos embasbacados com o acervo do museu: Cézanne, Renoir, Degas, Pissarro, Gauguin, Picasso, Miró, Matisse, Kandinsky, Dalí entre outros...mas o ponte forte foi mesmo descobrir lá vários Van Goghs, dentre eles o auto-retrato sem orelha. Ainda por cima tinha uma sala deslumbrante só com ninféias de Monet e esculturas de Rodin. Pena que não deu pra ver a parte da arte feita antes do século XIX pois já estava na hora de ir embora...numa corrida rápida vimos que tinha Fra Angelico, El Greco e outros.
Na ida e na volta pra Suíça passamos de trem pela cidade francófona de Neuchatel. Linda! Dá vontade de ir lá. Também tem um lago, castelos e um ar medieval.
Bom, acabou a recapitulação da viagem!
Quanto a hoje - nada demais: estudamos o dia todo.