quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dilúvio no porão



Aí está uma foto tirada pela nossa Webcam. Só pra mostrar mesmo que agora temos uma!!! A estação de metrô em que a Tati aparece acima é a daqui da Cité Universitaire. Reparem que ela é ao ar livre e acima dela está o Parc Montsouris.

Passamos a tarde de hoje na "Prefecture de Police", algo como chefatura de polícia, na Île de la Cité, em frente à Notre Dame resolvendo questões do visto de permanência da Tati. Foi tudo bem, ela tem agora um visto temporário até o exame médico, que é no dia 11 de julho. Eu volto lá amanhã para marcar o meu.

Lá dentro, fomos atendidos num setor para estrangeiros das Américas, Europa e Oriente Médio. Um negão francês acompanhava sua namorada loirinha e doidinha tipo a Meg Ryan que parecia vir do leste europeu. O visto foi negado a ela, que não tem (ao que pareceu) um tostão furado. O negão começou a berrar "Vocês não podem tratar uma pessoa como um cachorro!", ameaçou bater na burocrata e não se intimidava e a xingava de tudo. Foi a mesma burocrata quem nos atendeu, e logo em seguida ao caos - nós éramos os próximos! Dá pra imaginar o nosso cagaço, né? Mas foi tudo bem. Ela foi até simpática. Ela era, fisicamente, uma mistura de Janete do basquete com Condoleeza Rice.

Demoramos lá dentro e perdemos nosso grupo de conversação. Só deu tempo pra comermos na cafeteria da Cité, na qual nunca tínhamos ido: É boa e barata. A Tati foi cuidar do filho da psicóloga com quem tinha combinado (ver anteontem) e eu fiquei pra lavar e secar as roupas. Programão pros dois.

Com a Tati foi ótimo. A criança é educada e uma gracinha. Ela adorou até limpar bumbum!!!! Agora, comigo NÃO foi tudo bem.
Na hora de fechar a máquina de lavar, não me dei conta de que um cordão de uma blusa da Tati ficou pra fora. Resultado: Como a porta não ficou hermeticamente fechada, começou a vazar água. Tentei, nesta ordem, parar a máquina, empurrar a porta para impedir o vazamento e abrir - nada deu certo. Não preciso dizer que o cordão arrebentou da camisa e ela ficou inutilizada, né? Também não preciso dizer que o chão do lugar ficou alagado e o FDP do Lúcio Costa, grande arquiteto!, não pensou que o ralo deveria ficar na parte mais baixa?! Só o ralo estava seco, o resto do chão inundado, no final das contas.

Um vizinho mui amigo canadense que fala português disse que aquela água com as máquinas podia dar choque, que era muito perigoso. Balela! Tem blocos de concreto entre as máquinas e o chão, mas ele insinuou que ia me dedurar, daí avisei à recepção do ocorrido. O recepcionista me deu um rodo e "Te vira, malandro!".

Pra piorar ainda mais a minha epopéia, o ralo estava parcialmente entupido. Eu empurrava a água com o rodo na direção do ralo e ela passava direto pro outro lado da sala! Depois de 1001 tentativas, me enxi: Espalhei a água o máximo possível pela sala para que ela evapore mais rápido e seja o que Deus quiser!! E zarpei.

Um comentário:

Guilherme Simões Reis disse...

Quem precisa visitar praças, museus, parques e castelos quando se pode viver emoções tão fortes na própria Cité, né, Cattapa? 8o)
Abração.