quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Histórias sinistras



A greve de transportes deu uma afrouxada, o sol abriu, a temperatura subiu pra 15 graus e a greve de funcionários públicos continua, sendo assim, não tenho aula. Constelação propícia pra passear.
E foi isso que eu fiz de novo, e dessa vez a Tati foi também.

Primeiro fomos ao Parc Montsouris apreciar uma "intervenção" de um artista: Ele colocou um mecanismo em alguns bancos do parque que acionam uma gravação quando você senta no banco. Acontece que a gravação é uma voz sinistra, meio de tarado meio de moribundo falando coisas numa lingua incompreensível. Um lixo. Falando em lixo, pra tornar o negócio mais sinistro, essas pragas de Paris - os corvos onipresentes - estavam assaltando o lixo ali do lado e sujando tudo (primeira foto).

Fomos depois a Passy, um bairro elegante perto da torre Eiffel, onde fica o consultório de meu orientador, Alain Vanier, mas onde quase não passeamos.
Adoramos, vários prédios e recantos bonitos (última foto).

Dali fomos até o museu Marmottan, um museu particular numa mansão com um acervo variado: Iluminuras medievais, objetos do período napoleônico e o motivo da gente ter ido lá: Muito Monet (segunda foto). Uma coleção linda de Monet, incluindo o famoso "Impressão do sol se pondo" que deu o nome ao grupo de que ele fazia parte de Impressionistas. Aliás, tinham também obras de outros impressionistas, Renoir, Sisley, Pissarro etc.

Monet é mesmo genial. E é interessante ver o fim de sua obra, com quadros quase abstratos, mais expressionistas que impressionistas, utilizando-se de texturas e cores irreais - incrível como ele chegou em coisas parecidas com as de Van Gogh por caminhos muito diferentes. Sim, Van Gogh! Eu me surpreendi também. Claro que não falo dos quadros na foto acima, este é o Monet tradicional, preferido pela Tati.

Pena que era proibido tirar foto...é claro que tuiramos algumas escondidos, mas não abusamos por conta do que aconteceu antes de entrarmos no museu.

Antes de entrarmos no museu, a Tati resolveu fotografar uma outra mansão. O segurança do lugar a chsmou e a obrigou a apagar a foto. Ela perguntou: "O que é essa casa?" e ele respondeu "Não estou autorizado a dizer". Sinistro.

O sinistro dessa história me fez lembrar uma outra também sinistra que esqueci de contar. Há dois sábados atrás fomos acordados às 5 da manhã com o alarme de incêndio da Casa da Itália. Tati levantou apavorada e o burro aqui voltou a dormir! Ela voltou pro quarto me dizendo que todos os moradores estavam descendo as escadas. Me apavorei, me vesti e descemos. Depois o alarme desligou e "não era nada!". Soubemos mais tarde que algum imbecil foi fumar numa área proibida e o detector de fumaça disparou o alarme.

Agora, continuo a passar o meu texto a ser apresentado na Paris VII pro francês. Dá uma trabalheira danada. Enquanto isso, a Tati foi à ALI estudar psicanálise.
fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

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