terça-feira, 18 de setembro de 2007

Gli Vecchi





Parte 1:
De manhã, fomos assistir a uma defesa de tese na Sorbonne sobre "Shakespeare e a Psicanálise" na qual estavam na banca, entre outros, meu orientador (Alain Vanier) e Jean-Jacques Rassial. Foi interessante, mas cansativo como toda defesa de tese. Não vi muita diferença pras defesas
que vi no Rio. A única diferença é o tamanho da tese: Aqui é moda escrever teses de 400 páginas!
De tarde, trabalha escravo! Passamos roupa...

De resto, estudos. Ah! A Tati recebeu respostas da prefeitura confirmando que foi aceita para fazer o curso de francês. Ainda vai escolher em que bairro o fará.

Conheci aqui no meu andar um doutorando em Teoria Psicanalítica gaúcho, mas que estuda no Rio, chamado Tiago. Muito gente boa. Ele leu minha dissertação! Fiquei super lisonjeado. Seu tema de estudos é bem próximo do meu, já combinamos de ir a alguns eventos juntos.

Parte 2:

Recapitulação de nossa viagem à Itália. Dia: 7 de setembro.
Nem lembramos do feriado nacional nesse dia. Na Itália o assunto era a morte de Pavarotti. Só se falava nisso.

Neste dia pegamos, cedo, um trem de Roma para Florença. No caminho pudemos ver o belo campo italiano que é todo cheio de colinas com ruínas e castelos medievais, um barato. Muitas plantações, especialmente de milho e parreiras e ciprestes e mais ciprestes. O campo da Toscana (região onde está Florença) é mesmo lindo.

Chegamos em Florença e fomos direto pro nosso Bed & Breakfast (pousada) - Um apartamento apaixonante. Adoramos...mas os donos, dois simpáticos cunhados velhos (vecchi) que brigam entre si, confessaram que cometeram um erro na reserva e nosso terceiro dia será em outro lugar, não ali. Pediram mil desculpas e combinaram de pagar a diferença. Será num hotel tão bom quanto lá e mais próximo da cidade. Sempre tem um problema! Mas tudo bem...

Na cidade, mortos de fome, fomos logo almoçar. Depois, no resto de tarde que sobrou, batemos pé.
A cidade é toda antiguinha, muito bonita, mas tava muito cheia de turistas, o que atordoou a gente - cheia especialmente de excursões pentelhas.
Dá pra fazer tudo andando lá, assim fomos pra Piazza della Republica, depois a maravilhosa Piazza della Signoria, onde está o belo Pallazo Vecchio e uma penca de obras-primas em esculturas, entre elas o Davi de Miquelângelo (terceira foto). Ficamos ali nos deliciando por um bom tempo.

Depois disso, seguimos para a famosa Ponte Vecchio, que corta o rio Arno (primeira e segunda fotos). Ela é toda construída com casinhas e um corredor por cima. Este corredor liga o Pallazo Pitti ao Pallazo Vecchio e era uma forma dos Médici controlarem a cidade andando pelo corredor - só eles tinham acesso ao corredor. Controle maior não existe!

Voltando à Ponte Vecchio - é uma beleza e mais bonita ainda é a vista da cidade por ela e pelas outras pontes. A atravessamos e pegamos as últimas horas do dia pra ver o Pallazo Pitti supracitado e a outra margem do Arno. Belas igrejas (com obras de Giotto num canto como se fossem de um Zé Ninguém) e ruas gostosas e menos cheias de turistas. Ainda deu tempo de a gente se embrenhar pelo meio de uma festa infantil ao ar livre. Um barato!
fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

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