sábado, 25 de agosto de 2007

África em Paris


Dia puxado o de hoje!
Acordamos tarde com o telefonema de Léonard marcando o passeio em Chantilly pra amanhã.
Em seguida, lembrei que hoje passaria o filme "Maria Antonieta" de Sofia Coppola no evento Cinema en Plein Air - Cinema ao ar livre. Estávamos muito afim de ver pelo menos um filme do evento e nós estávamos curiosos pra ver este em particular.

Quando fui checar na internet, vi que o filme seria às 2:00 hs e já eram 11:30 hs da manhã. Como o filme é do outro lado da cidade, literalmente, era preciso que corrêssemos.

Lá chegamos, no Parc de La Villette (primeira foto), onde o evento se realiza, em tempo. O Parc de La Villette é uma espécie de parque temático sobre ciências e tecnologia. Eu já fui lá na outra vez que vim a Paris; a Tati adorou o lugar...mas vimos que a internet estava erraa e o filme só passará às 22:00 hs. Faltou um 2 no site!

Andávamos pelo parque e vimos um cartaz de uma peça de teatro que nos chamou a atenção negativamente, tinha uma negra na foto e o escrito: "Bambi, ela é negra mas é bonita", como vocês vêem na segunda foto.
Decidimos ficar por lá e explorar o parque. Andamos aquilo tudo e debaixo do sol quente que voltou a Paris. Há um prédio redondo, espelhado, chamado Geode, na verdade é um cinema de quase 180 graus. Resolvemos ver um documentário sobre um safári na África do Sul em 3D. Adoramos, a "bola" Geode é oca e a parede interna dela é a tela; com a imagem em 3D ainda por cima, a gente se sentiu no meio da África.

Dali saímos e fomos ver um grande aquário que tem no parque, um barato. Lá ainda, havia uma moça com um estande sobre tratamentos de drogas e álcool, a Tati fez contato e descobrimos que em Montparnasse existe um centro de atenção que a Tati deve visitar em breve.

Almoçamos por lá mesmo e passamos o resto do dia no parque. No fim do dia, ouvimos um batuque no meio do parque. Fomos ver do que se tratava. Era uma reunião de percussionistas africanos e alguns brancos também. E tocavam uma batucada africana muito parecida com samba e macumba. Tinham alguns africanos dançando umas danças muito exóticas, africanas, tribais, muito sexualizadas. Legal pra caramba. Ficamos um tempão assistindo àquilo.

Depois, finalmente, fomos ao Cinema ao Ar Livre ver "Maria Antonieta". O filme é fraquinho, fraquinho. Mas o programa foi bem legal. Antes do filme, passou uma propaganda chamando a atenção do povo parisiense para a forma preconceituosa como são tratados os filhos dos imigrantes ilegais.
No final do filme, pelo menos, um exemplo de educação - todo mundo catou seu lixo e levou até as lixeiras.

Na volta pra casa, no ônibus, um negão meio maluco ficava falando "Iaiaiaiá - essa é minha língua", depois falava "Eu gosto de transar com uma branca", depois "Eu tenho uma filha branca, minha família é branca"...muito doido, mas acho que sua doideira está bem contextualizada no meio racista francês.
fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

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