quinta-feira, 12 de julho de 2007

Santa Genoveva, padroeira de Paris



Hoje fomos acordados pela sirene de incêndio. Calma, gente, já tínhamos sido avisados que ela seria tocada hoje de manhã para um teste.
Ficamos na dúvida se era pra descer simulando a fuga do incêndio ou não...na dúvida, voltamos pra cama.

Decidimos ir a Biblioteca Saint Geneviève pesquisar e conhecê-la. Ela fica ao lado do Pantheon; pela primeira vez ficamos pertinho dele. É bonito, mas ainda não temos certeza se vale a pena entrar. Não foi possível entrarmos na biblioteca pois para nos inscrevermos foi pedido uma foto 3X4 e não tínhamos levado. Vamos lá amanhã.
Já que estávamos por ali, decidimos ir a biblioteca da Sociedade Psicanalítica de Paris (primeira foto), ligada à International psycanalytical association (IPA) pela qual não simpatizamos muito. No entanto, o meu orientador me disse que a biblioteca de lá é excelente. Bom, é preciso pagar 5 euros pra entrar e já estávamos no meio da tarde; decidimos fazê-lo amanhã - e tem de ser amanhã pois segunda que vem ela estará fechada para férias. A sociedade é um lugar bem simples, sem esnobismo ou exuberância - ao contrário de minhas construções imaginárias.

Resultado: Não fomos nem numa nem noutra, fomos na igreja de Saint Etienne-du-Mont, pertinho do Pantheon. É linda, gótica e guarda os restos de Santa Genoveva, a padroeira de Paris. Já houve uma igreja de santa Genoveva ao lado desta, mas hoje só sobrou a torre (a segunda foto mostra bem a igreja e à direita a torre solitária). Assim, os restos da santa foram transferidos para Saint Etienne-du-Mont. A torre de Santa Genoveva não pode ser visitada pois está, hoje, dentro do terreno de um colégio de segundo grau, o Lycée Henri II. Nesta escola estudaram nobres e mesmo reis da França.

Mas voltando à Saint Etienne-du-Mont: achamos linda; seus vitrais, suas escadas e decoração gótica e o órgão mais antigo da França. Lá estão enterrados o filósofo Blaise Pascal e o autor de teatro Racine.

De noite fomos ver televisão e descobrimos que a velha televisão foi substituída por uma de tela plana com acesso à TV a cabo. Oba! E ninguém a usa. Descobrimos que o filme "A Comilança" ("La Grande Bouffe") de Marco Ferreri, 1973, com Marcello Mastroiani, Ugo Tognazzi, Michel Piccoli e Philippe Noiret. Eu nunca tinha visto, mas sempre ouvi falarem dele - é grotesco, um humor negro brabo e eu e Tati ainda não sabemos se gostamos, mas, com certeza, ficamos chocados.

Detalhe: A sala de TV tem uma janelinha pro corredor da Maison du Brésil. A gente ficava encabulado se alguém passava e via o que assistíamos na TV, principalmente se estavam com crianças - como aconteceu; nestas circunstâncias, a gente mudava de canal rápido pois o filme tem cenas como: O cara deitado numa mesa recebendo comida na boca de um amigo e sendo masturbado por uma mulher e ele gemia alto!

fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

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