sexta-feira, 27 de julho de 2007

Uma outra Amsterdam



Um anônimo perguntou se eu escrevi certo, se eram dois homens transando na cama de baixo da minha, no albergue de Amsterdam - bom, foi isso mesmo, eram 2 homens.

Ontem à noite teve uma festinha de despedida de uma colega de andar. Só passei pra dar um beijinho. Estávamos cansados, mas ela e outra amiga, que foram à Bienal de Veneza, nos deram um pôster de lá de presente. Ficamos lisonjeados.

Vamos ao dia de hoje, depois conto o segundo dia de Amsterdam.

Hoje recebemos uma carta do CAF (Uma espécie de bolsa do governo francês para ajudar na vida dos menos favorecidos - nós dentre eles - alguém pensou em Bolsa Família?). A carta dizia que faltou um documento para nosso benefício sair. A burocracia aqui é pior que no Brasil. Levamos, mas claro que em repartição pública não se fica menos que 20 minutos.

Como a mãe da Tati, por conta de um imprevisto, não poderá vir em agosto, estamos tentando vender sua passagem para Londres. Hoje anunciamos na Casa do Brasil toda, mas tá difícil. De resto, estudamos.
Continuemos agora com a viagem para Amsterdam: Segundo dia.

No segundo dia tivemos a surpresa agradável de descobrir que nem tudo era detestável naquele albergue - o café da manhã era uma delícia.
Aliás, a Holanda é famosa por ter uma culinária horrível, mas não assino embaixo. Comemos bem sempre. No dia que chegamos, comemos sanduíches de lagosta (que não eram caros) deliciosos, comemos num restaurante italiano ótimo e nesse segundo dia o mesmo - comemos churrasco argentino!

Este dia foi dedicado aos 2 bons museus da cidade: Debaixo de chuva, fomos pro museu Van Gogh (segunda foto). Lá está um terço das obras do cara. O museu é maravilhoso - desde a arquitetura moderna até o conteúdo: As obras de Van Gogh, de alguns outros artistas (Gauguin, Monet, Manet etc.) e uma exposição temporária de um expressionista alemão, Max Beckmann - gostamos muito.
Tati comprou um pôster de um quadro de Van Gogh para botarmos aí na nossa casa do Rio. Eu mais uma vez tive certeza de que ele é o melhor de todos os pintores.
Dali passeamos, visitamos um parque e a fábrica da Heineken.
Ainda pegamos mais chuva com vento; compramos guarda-chuvas e vimos o tempo abrir pra não fechar mais até irmos embora.

Entramos no Rijksmuseum (primeira foto) - o museu do reino, em holandês. No museu estão quadros e outras obras de arte do século XVII, o período de ouro do império holandês. Pudemos ver Rembrandt, Vermeer, Jan Steen, Frans Hals e Frans Post (esse último pintando a colônia holandesa no Brasil, Pernambuco). Tati fiou impressionada com o realismo das naturezas-mortas e nós dois amamos Rembrandt. Maravilhoso. Pena que o museu, que é enorme por fora, por dentro seja pequeno.

Ainda deu tempo para visitarmos o bairro chinês nesse dia. Depois, cansados, ficamos com medo de como seria a noite, mas o chinês roncador foi embora e os espanhóis acalmaram-se. No lugar do chinês e sua esposa, chegou uma família de suecos (pai, mãe e três crianças) educados e tranquilos. Dormimos como dois anjinhos.

O terceiro e derradeiro dia dessa viagem a gente conta amanhã.
Fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

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