quinta-feira, 26 de julho de 2007

Amsterdam mutcho loka






O dia de hoje foi parcialmente de descanso da viagem à Amsterdam (que vou começar a contar nessa postagem).

Tati conseguiu pegar hoje sua Carte de Séjour e devolver o material sobre o tratamento de dogaditos em Paris no serviço que havia vsitado. Recebeu também uma ligação da chefe de serviço do Hospital Marmottan agendando uma visita aos serviços do hospital.
Eu estudei, fiz compras, visitei a Casa da Itália ver se vamos mesmo pra lá em outubro (e vamos sim!) e fui cortas meus cabelos pela primeira vez em Paris. Os cabeleireiros são muito caros aqui. Você só corta o cabelo aqui depois do sujeito fazer massagem na sua cabeça com um shampoo lá...eu entendi o porque disso - é nessa ocasião que os franceses lavam a cabeça!

Vamos pra viagem à Amsterdam - Foi mais ou menos. A cidade está toda em obras, o que atrapalha o turismo e o tempo estava horrível no primeiro dia e na manhã do segundo - chuva e vento que arrebentaram nossos guarda-chuvas! Pra piorar, nosso albergue era uma M.
Bem, vamos com calma, hoje vamos contar o primeiro dia lá:

Chegamos e ficamos encantados com a beleza dos canais e da arquitetura locais, que eu já conhecia, mas a Tati não.
Fui em Amsterdam em 1992 e lembro bem disso tudo. E a partir destas lembranças sempre ponderei os comentários de todo mundo que foi lá e disse que a cidade virou a cidade da maconha. Eu dizia "Claro que há a liberação da maconha e tal, mas isso não é o principal do turismo de Amsterdam, nem se vê muito o pessoa puxando um fumo etc."...Bom, os tempos mudaram. De 1992 para 2007 são 15 anos e 15 anos são coisa pra cachorro.

Amsterdam cheira a maconha. Têm no mínimo 3 ou 4 Coffee Shops (cafés onde se fuma maconha e haxixe - segunda foto) por rua. As lojas que vendem maconha, haxixe, cogumelos alucinatórios e pílulas mutcho lokas estão em todos os cantos. Outras lojas vendem produtos ligados ao gosto dos maconheiros clichê: Discos de reggae, bonecos de duendes, fadas, batas de hippies, pôsteres de Bob Marley, Che Guevara e Jim Morrisson. A cidade é muito doidona.

Os doidões estão em toda parte, a qualquer hora do dia. Uns caras andam alucinando na rua ao seu lado, outros chapadões, outros trincados. Tem doidão hippie, rastafari, punk, clubber e engravatado; jovem ou velho.

É cômico; há na porta do albergue onde ficamos uma placa proibindo o uso de maconha lá dentro. Só lá dentro mesmo, porque a maconha está na cidade inteira.

Vamos agora para a experiência traumática do albergue - Banheiro imundo!!!! Pelo menos o bar do albergue era legal (parecia até o Shenannigan's, no Rio). Mas num albergue, o principal é o quarto, né?
Pois é, dormimos num quarto mixto de 22 pessoas. Claro que não podia dar muito certo. Um coroa oriental, talvez chinês, roncava feito um porco; um grupo de adolescentes insuportáveis espanhóis zoneiros pra caramba chegou muito doido no meio da madrugada fazendo uma barulheira, acendendo a luz. Me estressei. Demos uma bronca neles e fomos dormir, não antes da Tati reclamar com o chinês de seu ronco mandando ele mudar de posição. O auge da insuportabilidade foi o namorado do espanhol adolescente que estava embaixo da minha cama (eram beliches) chegar e eles resolverem transar ali mesmo no meio da madrugada!!! A minha cama balançando, eu ouvindo os rizinhos...ah!!! Bati com força na cama e os dois resolveram parar e deixar a gente dormir. Traumático!!!!!!!

A cidade em si é linda, cheia de prédios antigos e bonitos que beiram os inúmeros canais que a cortam. Assim, o transporte se faz tanto de carro como de barco, mas a verdade é que a capital da Holanda é bem pequena e dá pra fazer tudo a pé. Mas os locais preferem fazer tudo de bicicleta. Na hora do rush, o trânsito é de engravatados em bicicletas!
Os passeios do dia foram prejudicados pela chuva e pelo vento frio e pelo fato de que tudo (menos lugares pra comer ou fumar) fecha às 18:00 hs. Assim, no primeiro dia andamos pela cidade quase toda, vimos o palácio Real, o museu de cêra Madame Tussaud, a casa de Anne Frank, a igreja luterana, a catedral, o mercado de flores e, claro, é muito exótico, vimos os Coffes Shops, as Sex Shops, as lojas de drogas, as lojas de brinquedo inusitados (bonequinhos tipo GYJOE do Freud, Jesus Cristo, Einstein, Van Gogh, Aristóteles entre outros) e antes de TENTAR dormir fomos ao Distrito da Luz Vermelha:

O Distrito da Luz Vermelha (primeira foto) são duas ruas que margeiam um canal e onde, à noite, as luzes vermelhas são acesas e as putas vão paras as vitrines de lojas, peladas, dançar e tentar uns trocados. Os interessados entram na lojinha, onde se vê a cama bem atrás da garota. Ela fecha cortina e é isso aí. É muito engraçado!

Amanhã a gente conta mais de Amsterdam.
fotos: pedroetatiemparis.gigafoto.com.br

3 comentários:

Anônimo disse...

O espanhol tinha um namorado mesmo? Era um casal gay? SINISTRO!!!!

Pedro Cattapan disse...

Ei, anônimo, se apresente!
Sim, o espanhol tinha um namoradO, sim, ele era gay.

Guilherme Simões Reis disse...

Caramba, Cattapa, você não dá sorte com os albergues mesmo!