segunda-feira, 21 de maio de 2007

Compêndio de grosserias

De manhã, Tati foi ao consulado do Brasil (na beira do Sena - é a gente que paga isso!) para resolver pendências burocráticas. Curiosidade: descobriu lá uma máquina que vende Guaraná Antártica!

Eu também resolvi as minhas, só que num lugar menos emocionante: num banco, na Cité. Aqui na Cité presenciei atores vestidos à la anos 40, a casa do Reino Unido maquiada para parecer outro lugar (tinha até aquelas cabines telefônicas inglesas, só que postiças). Era uma filmagem...e parecia ser de uma grande produção; tinha até máquina de neve. Tentei achar algum artista famoso, mas foi em vão.

A Tati desinibiu e agora anda fazendo o nosso almoço - hoje foi uma macarronada ótima! Depois, como de praxe, já que o dia vai até altas horas, fomos passear. Porém, antes TENTAMOS, eu disse TENTAMOS ir à Biblioteca Nacional. Daqui à pouco conto o que houve. Antes vamos ao pesseio.

Visitamos o Palais Royal, o prédio da bolsa de valores e depois fomos para a praça da Bastilha.
Ali, no passado, erguia-se a famosa Bastilha - prisão de inimigos políticos do Antigo Regime. Hoje, há uma coluna com um anjo dourado no cume. É bonita. O que não é bonito é o entorno: pixado, sujo, com uns vagabundos e com a feiosa Ópera da Bastilha - uma obra arquitetônica horrenda. Andamos um pouquinho mais e visitamos a famosa Place des Voges, uma praça renascentista (onde morou Vitor Hugo) repleta de galerias de arte e cafés e freqüentada por crianças, pais e babás. Confesso que esperava mais da praça.
Tati tem notado que vê-se muito mais crianças com o pai do que com a mãe - bem diferente do Brasil.

À noite fui ao seminário do psicanalista Paul-Laurent Assoun - quem é psicanalista sabe quem é. Foi muito interessante.

Agora, vamos ao assunto postergado e que dá título ao texto de hoje: TENTEI entrar na Biblioteca Nacional pois tomei uma patada do recepcionista que exigia que eu dissesse que texto quero estudar. O problema não foi o que disse, mas o modo - muito grosso.
Esta é uma boa oportunidade para lhes dizer que isso é bem comum aqui em Paris.
Compêndio de grosserias:

1) A dita acima.
2) Fui esculhambado pela administradora da biblioteca da Cité quando lhe informei que não conseguia acessar meus e-mails. Deu uma patada e disse que nada podia fazer. O que será que as bibliotecas têm contra a minha pessoa?
3) A chefona da Prefecture de Police berrava expulsando um chinês porque ele entrou no horário errado. Ao mesmo tempo era doce comigo e Tati.
4) O taxista que nos trouxe pra Cité no primeiro dia. Vejam o arquivo.
5) Um cara empurrou a Tatiana na rua porque ela estava na sua frente.

Gente, só estamos aqui fazem 17 dias. Ou seja, mais ou menos a cada 3 dias, uma grosseria!!!!

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